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segunda-feira, agosto 01, 2011

Minha Zona de Conforto


Por Eric Jones.

Via Convite a Loucura

“O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança d
o nosso Deus; a consolar todos os que choram e a pôr sobre os que em Sião estão de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria, em vez de pranto, veste de louvor, em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem carvalhos de justiça, plantados pelo Senhor para a sua glória.
(Isaías 61.1,3)
Ultimamente Deus tem me incomodado sobre algo que é tão falado na igreja. A gente ouve muito esses versículos na igreja, principalmente quando é mês de missões. Sim, ler por ler todo mundo faz, cantar para Deus “Eu Vou” todo mundo canta, mas a gente realmente tem ido ou estamos pecando por pronunciar o que não vivemos de fato?
     “Me esvaziar”, “Centro da Tua Vontade”, “Compromisso com Deus”, “Sacrifício Vivo, Santo e Agradável”, “Vontade de Deus”. Eu particularmente não acho que seja em vão que Deus tem tratado tudo isso em mim de uns tempos pra cá. Assim como ouvi na igreja esses dias, quantas vezes ouvimos pregações e sermões, mas infelizmente não mudamos nossa postura, em vez disso continuamos na nossa zona de conforto porque temos medo de sermos incomodados; e se nos pedem pra andar uma milha com o próximo a gente já se incomoda em dar apenas um passo.
Sábado dia 16, o ministério jovem da igreja que faço parte recebeu Mateus, um jovem de 23 que inspirado por Deus, fundou o GAV, Grupo de Apoio à Vida. Em seu testemunho Mateus disse que o GAV nasceu através de uma visão que Deus deu a ele, mas não uma visão como a gente geralmente pensa que é quando se trata de Deus, de sonhos ou aquela perda de sentidos e tal… não. Foi mais uma visão com olhos de compaixão de Deus para com o povo, de ver o povo perdido no carnaval, entregue às próprias paixões e o amar mesmo assim. Amar a ponto de sair da zona de conforto dele e ir para Deus o estava chamando.
Sexta-feira (22) recebi um email de uma amiga missionária que está atuando no Vale do Amanhecer, Julyana (colunista também daqui do CAL). Segundo ela, o Vale do Amanhecer é a segunda maior comunidade espírita da América Latina, uma seita que cresceu tanto que se tornou uma cidade. Lá as pessoas andam fantasiadas porque cada uma tem um “guia”. Em seu testemunho ela deixa claro que as guerras contra os principados e potestades não são de brincadeira e muito menos de mentira. Meninos de 13 e 14 anos homicidas e jurados de morte, criança de 8 anos que vê demônios e pessoas possuídas são alguns fenômenos que ela descreve do lugar. Mesmo passando por dificuldades, no final do email ela diz: “Verdadeiramente, eu estou no lugar onde o Senhor gostaria que estivesse”.
Na hora que terminei de ler o email os meus olhos já estavam cheio de lágrimas, porque ao mesmo tempo em que lia as notícias eu notei o quão parado e inerte eu estou no meio dessa guerra espiritual, insensível para ouvir Deus e saber onde Ele quer que eu esteja. O Reino de Deus não se limita às quatro paredes, a igreja precisa avançar porque as portas que não prevalecerão são as do inferno e não as nossas.
No discipulado uma das mais valiosas lições que aprendemos é justamente essa de saber onde Deus está agindo e nos juntar a ele. E como a gente vai saber onde Deus tá agindo se muitas vezes não sabemos nem quem é Deus direito? Ou até sabemos, mas não nos importamos porque é tão bom cultuar a Deus naquele mesmo lugar de sempre, embaixo do ventilador, uma vez por semana e tudo vai muito bem, obrigado. Um cristianismo egocêntrico que sabe do amor de Deus, mas guarda pra si (alguns até não o vivenciam de fato).
Esse é o grande perigo de cair na inércia e ficar na zona de conforto. A gente acha que não tá fazendo nada demais, não tá cometendo nenhum “pecadão”, mas acabamos pecando pela omissão, que é um pecado igual a qualquer outro.
Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai. O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados. Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não pode ser comparados com a glória a ser revelada em nós. A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória do filho de Deus.” (Romanos 8.14-21)
O mundo espera a nossa manifestação e nós temos nos escondido, “protegidos” em nossa zona de conforto. Quando entendermos de fato o amor de Deus, vamos saber que ele não se limita a nós e à igreja, mas a toda a criatura que assim como eu é pecador, mas foi alcançado; E se eu um dia fui alcançado é porque Deus tomou a iniciativa e alguém O viu agindo e se juntou a Ele.
Igreja, Deus nos ama e nos convida a nos libertarmos da religiosidade, do egoísmo, da inércia, sem temer os sofrimentos do tempo presente, porque eles não vão se comparar com o que será revelado a nós.
E aí quando tivermos coragem de sair do barco, vamos ter uma das melhores experiências que podemos ter com Jesus que é andar sobre as águas ao lado dEle.
Que Deus nos abençoe.

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